Ciclone extratropical se forma entre o final desta quinta-feira e as primeiras hora da sexta a Sudeste do Chuí e na costa uruguaia. O sistema vai ser responsável por trazer vento forte para o Rio Grande do Sul e parte de Santa Catarina com rajadas localmente intensas na costa que podem passar dos 80 km/h.
A baixa pressão responsável por dar origem ao ciclone traz chuva hoje e temporais isolados no Sul e no Sudeste, onde o risco de temporais fortes é maior em São Paulo. As tempestades serão responsáveis por causar vendavais localizados e queda de granizo no estado paulista. No Sul do país, os temporais atingem especialmente entre a Metade Norte gaúcha e o Paraná. O comportamento do vento neste ciclone vai fugir ao que ocorre na maioria dos episódios de ciclones extratropicais que impactam o Sul do Brasil. Normalmente, os sistemas se formam e se intensificam a Sudeste do Chuí, na foz do Rio da Prata e a Leste da Argentina, principalmente acompanhando massas de ar frio.
Neste ciclone, o campo de vento forte sobre o Sul do Brasil será mais limitado. Grande parte do Rio Grande do Sul não terá forte ventania com vento fraco a moderado em alguns momentos entre 20 km/h e 50 km/h com ar mais seco e frio ingressando a partir do Oeste e do Noroeste à medida que a baixa pressão oclui a Sudeste do Sul do Brasil. Quando o ciclone estiver se intensificando mais, com pressão atmosférica muito baixa, entre 980 hPa e 990 hPa, o sistema estará se distanciando do continente rapidamente, o que fará com que o vento seja mais sentido na primeira hora do dia e no começo da tarde. O tradicional vento ciclônico, que sopra com rajadas por horas, já pode começar a soprar em algumas áreas nesta noite, mas será mais pronunciado nesta sexta-feira. Afetará o Sul e Leste gaúcho, inclusive a área de Porto Alegre, com rajadas de 60 km/h a 80 km/h. O Litoral Sul, entre o Chuí e Mostardas, tende a ter o vento mais forte, acima de 80 km/h em algumas áreas, o que pode afetar o Porto de Rio Grande com fechamento por mar grosso e vento forte. Rajadas de vento forte são esperadas ainda nos Campos de Cima da Serra, Planalto Sul de Santa Catarina e no Sul catarinense.
Não são esperadas maiores consequências em razão da atuação deste ciclone, entretanto não podem ser descartados transtornos menores como quedas de algumas árvores e cortes isolados de energia elétrica, como se deu no último sistema na virada da estação, sobretudo no Sul gaúcho com destelhamentos e quedas de árvores em Rio Grande. Na costa do Sul do Brasil, o ciclone sobre o mar deve gerar swell com ondas mais altas e risco de ressaca fraca a moderada nas praias.
fonte MetSul.Com