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Mulher soterrada por carga de serragem ligou para se despedir do noivo: "Pediu desculpas por tudo, que não ia conseguir"
— A gente casa no dia 1º de novembro, ontem nós fizemos as fotos. Ela pediu desculpas por tudo, que não ia conseguir. (Disse) Que me amava, que amava a família — relatou Gabriel, 25 anos, que trabalha na Arena do Grêmio, ao lado do local do acidente. O noivo foi a pé até a alça de acesso da rodovia e ajudou no socorro a Eduarda, retirando com as mãos a serragem sobre o veículo.
Por leandro marques
Publicado em 07/10/2025 17:10
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Mulher soterrada por carga de serragem ligou para se despedir do noivo: "Pediu desculpas por tudo, que não ia conseguir"
Soterrada por uma carga de serragem após o tombamento de um caminhão na BR-448, Eduarda Correa, 23 anos, ligou para o noivo, Gabriel Zanettin, de dentro do carro. O peso do material amassou o teto do veículo e deixou a estudante de biomedicina confinada em um pequeno espaço. O acidente aconteceu no final da manhã desta terça-feira (7). Com o casamento marcado para novembro, ela entrou em contato com o noivo, dizendo que o amava.
— A gente casa no dia 1º de novembro, ontem nós fizemos as fotos. Ela pediu desculpas por tudo, que não ia conseguir. (Disse) Que me amava, que amava a família — relatou Gabriel, 25 anos, que trabalha na Arena do Grêmio, ao lado do local do acidente. O noivo foi a pé até a alça de acesso da rodovia e ajudou no socorro a Eduarda, retirando com as mãos a serragem sobre o veículo.
— Todo momento que a gente tentava contato, ela respondia. Só falava que era ruim para respirar, era muita coisa em cima — contou.
Gabriel acompanhou a noiva até o Hospital Cristo Redentor, na Zona Norte. Segundo ele, a jovem não sofreu perfurações e estava consciente.
— Ela, quando saiu da ambulância, queria ver eu e os pais dela, a família.
Eduarda voltava de prova na faculdade
Moradores de Canoas, os noivos usam o carro diariamente em seus deslocamentos. Nesta terça, ela deixou o companheiro na Arena e se dirigiu à Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA), onde realizou uma prova.
Depois do exame, a jovem seguia para Nova Santa Rita, onde moram os pais e a irmã, quando aconteceu o acidente.
— Ela saiu da prova dela e estava pegando a 448, ali por cima da Arena. Era esse o trajeto dela — disse Gabriel.
Segundo o noivo, Eduarda "nasceu de novo". Ela já havia sofrido uma perfuração no estômago anteriormente. O resgate
Após a ligação de Eduarda, Gabriel foi até a alça da rodovia, iniciando o resgate antes mesmo da chegada das equipes de socorro.
— Chegando lá em cima, só o caminhão (...). O caminhão tombado, o motorista. Não dava para ver nada.
O noivo perguntou para o motorista do caminhão sobre o carro soterrado, mas o condutor não havia visto o veículo de Eduarda.
— A gente achou a maçaneta e o retrovisor. Coberto, coberto, não sei qual era o produto. Aí eu subi em cima, sem subir no carro, para começar a tirar (a serragem).
Parte da carga também caiu sobre a elevada que liga a BR-448 à freeway no sentido Litoral. No entanto, o tráfego foi interrompido em direção ao Vale do Sinos. Por volta das 14h15 min, meia pista foi liberada. O trânsito flui bem. Não há reflexo significativo para quem vem do centro de Porto Alegre pela Avenida Castelo Branco.
Fonte e fotos: GZH
 
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