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Biomédica explica diferença entre PCR, teste-rápido e sorologia para detecção da Covid-19
saude
Publicado em 11/04/2021

Muitas pessoas ainda têm dúvidas sobre qual o tipo de teste deve fazer para detecção da Covid- 19 e não sabem qual o mais eficaz para a identificação da presença do vírus no organismo no momento em que decide testar. A biomédica do Hospital de Urgência de Sergipe (Huse), unidade gerenciada pela Secretaria de Estado da Saúde (SES), Deborah Karlla Gomes, explica a diferença entre eles, qual o momento certo de realizá-los.

Os testes de RT-PCR são os que têm função efetivamente diagnóstica, sendo o teste definitivo segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), porque através dele é possível detectar uma parte do RNA do vírus que é específica dele, ou seja, é a identidade do vírus, sem possibilidade de confundir o resultado com qualquer outro agente viral.

“Atualmente, temos o RT-PCR, que pesquisa o RNA do vírus e que vem sendo realizado através da coleta swab (cotonete) nasal (nariz) e orofaringe (garganta), essas amostras são enviadas para o Laboratório Central de Sergipe (Lacen). O melhor momento dessa coleta é a partir do terceiro até o sétimo dia de sintomas”, explicou a biomédica.

Além dele, segundo a biomédica, existem os testes rápidos que pesquisam a presença de anticorpos, ou seja, uma resposta do organismo quando este já teve contato com o vírus, recentemente (IgM) ou já há algum tempo (IgG). “Há testes ráidos que só medem o IgM, e há os que analisam o IgM e IgG. Os testes rápidos (IgM/IgG) podem auxiliar o mapeamento da população ‘imunizada’ (que já teve o vírus ou foi exposta a ele), mas não têm função de diagnóstico”, pontuou.

Ela ressaltou, também, qual o melhor momento para a detecção desses anticorpos durante as fases. “O momento para a detecção de anticorpos na fase aguda da doença (IgM), ou seja contato recente com o vírus é após o sétimo dia de sintomas. Já após 11 dias do início dos sintomas, surgem os anticorpos de memória (IgG) ou covalescença, que permanecem por um período maior no organismo (ainda indefinido)”, pontuou Deborah Karlla Gomes.

Há, também, o exame de Sorologia, que é realizado por meio da coleta de sangue do paciente, o que se assemelha a outros exames laboratoriais de sangue. O material coletado é inserido em um tubo esterilizado antes de ser levado para análise. Na análise é feita uma reação imunológica por metodologias de processamento das amostras conhecidas como ELISA ou Quimioluminescência, que detecta e quantifica os anticorpos produzidos pelo organismo.

“Esse exame capaz de detectar os níveis de anticorpos IgM e IgG ou IgA e IgG no sangue. Ou seja, o resultado do teste diz se a pessoa já teve contato com o vírus e o sistema imunológico produziu os anticorpos contra a doença. Como o organismo só começa a produzir anticorpos depois que a infecção está instalada, o exame é recomendado a partir do 10º dia de início dos sintomas, mas um resultado negativo não exclui a possibilidade da presença da doença, o médico que assiste o paciente pode solicitar exames complementares”, relata.

 
Fotos: ASCOM SES fonte  https://www.saude.se.gov.br/
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