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URGENTE Nova versão caso Gabriel Marques Cavalheiro
04/09/2022 19:01 em noticias
CASO GABRIEL
Homem preso no sábado nega participação em morte de jovem e afirma ter sido coagido por PMs
Um homem de 59 anos foi preso no sábado (3) em Santa Maria, no centro do Rio Grande do Sul, pela Brigada Militar. De acordo com a BM, Elton Luis Rossato Gabi, que era foragido, afirmou ter matado o jovem Gabriel Marques Cavalheiro, em São Gabriel. Na quinta-feira (1º), três policiais militares envolvidos na abordagem que terminou com a morte de Gabriel Marques Cavalheiro foram indiciados pela Polícia Civil por homicídio doloso triplamente qualificado.
No domingo (4), o homem prestou depoimento à Polícia Civil e negou participação no crime.
Na segunda-feira (5), a Defensoria Públlica do Estado (DPE), que representa o homem, disse que ele relatou à juíza na audiência de custódia realizada na Vara de Execuções Criminais, em Santa Maria, "que sofreu lesões e que teria sido coagido por policiais militares para confessar o homicídio do jovem".
Segundo a DPE, a juíza determinou que fosse encaminhada cópia da audiência para o Ministério Público responsável pela Auditoria Militar e para a Corregedoria da Brigada Militar para a apuração dos fatos.
Prisão
Após ser levado à delegacia de pronto atendimento pela BM, ele foi conduzido para o Presídio Estadual de Santa Maria. No domingo, a corregedoria da BM informou ouviria a versão do homem.
De acordo com a ocorrência policial feita na noite de sábado, a BM procurou o homem após receber uma informação do setor de inteligência de que ele teria comentado com outra pessoa ser responsável pelo crime.
Ainda segundo o registro, os policiais militares prenderam Elton em frente a sua casa, no bairro Noal, em Santa Maria. A polícia não informou por qual crime ele estava foragido.
Elton então afirmou ter sido contratado para matar Gabriel por R$ 15 mil. Disse aos policiais que recebeu um aviso de que o jovem estaria na localidade de Lava Pé, em São Gabriel. Contou que foi ao local, matou Gabriel usando o cabo de um machado e usou seu carro para deixar o corpo no açude, onde o jovem foi encontrado.
Um dos delegados que trabalha na investigação da morte de Gabriel, Luis Eduardo Benites, disse que há forte indicativo de que a confissão seja falsa.
O corregedor da Brigada Militar, Coronel Vladimir da Rosa, disse ainda ser cedo para comentar o caso. "A Brigada Militar está atenta a tudo e fazenda as investigações devidas, sempre", comentou.
O inquérito policial sobre a morte de Gabriel foi entregue ao Ministério Público na quinta-feira (1) e indiciou por homicídio triplamente qualificado os três policiais presos por morte do jovem. Segundo o delegado Luis Eduardo Benites, se a confissão de Elton preso for falsa, ele pode responder pelo crime de falsa comunicação de crime e contravenção penal.
Maurício Custódio, advogado do sargento Arleu Junior Cardozo Jacobsen, disse que aguarda que as autoridades colham o depoimento de Elton e que o fato "no mínimo implode as versões que foram divulgadas pela Brigada Militar e pela Polícia Civil". A defesa do policiais Raul Veras Pedroso e Cleber Renato Ramos de Lima ainda não respondeu aos contatos.
Em nota, a advogada da família de Gabriel, Rejane Igisk Lopes, mostrou apoio a investigação da Polícia Civil. "Em razão de supostos novos eventos terem sido associados ao caso de homicídio do menino Gabriel, declara seu apoio à Polícia Civil que, diligentemente, apurará tais informações para atestar sua veracidade".
Entenda o caso
Gabriel desapareceu no dia 12 de agosto, em São Gabriel, após ser abordado por três policiais militares na Avenida 7 de Setembro.
Uma vizinha da casa em que ele estava hospedado, que pertence a um tio, chamou a polícia porque, segundo ela, o jovem estaria forçando o portão que dá para o pátio em frente ao imóvel.
O corpo de Gabriel foi localizado na sexta-feira (19), uma semana depois do desaparecimento. Ele estava submerso em um açude na localidade.
Com informações do G1RS
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